Há exatamente um ano lançávamos a primeira edição desta revista digital voltada para a execução judicial. Com o lançamento, demos início a uma caminhada longa, muito longa, para a qualificação e compartilhamento de informações entre os profissionais responsáveis pela execução judicial no Brasil, no Mercosul, e no mundo. Sim, no mundo, pois nessa edição trazemos novamente um texto do presidente da União Internacional dos Oficiais de Justiça, além de textos de colegas da Argentina, Brasil, República Dominica e Bélgica.
Isso só foi possível graças ao apoio da Afojus/Fojebra, e da Fenassojaf, que mais que recursos financeiros, aportaram no projeto pessoas altamente qualificadas, que passaram a compor o conselho editorial. Inicialmente composto pelos fundadores da revista, hoje o conselho editoria conta com sete conselheiros, de seis estados diferentes do Brasil, lotados tanto na esfera estadual quanto federal. Essa integração, esse trabalho conjunto pela criação e divulgação de conhecimento, é extremamente importante para a evolução da execução judicial no país. É dela que colhemos os frutos da segunda edição.
Nesta edição, o presidente da União Internacional dos Oficiais de Justiça nos chama a atenção para a necessidade de nos reinventarmos. Nessa seara da reinvenção, temos um artigo sobre avaliação de bens, produzido por mim em conjunto com o colega Samuel Jesus de Oliveira, com certeza um dos profissionais mais gabaritados no assunto no Brasil. Nesse texto, é apresentada toda a legislação sobre a avaliação, a jurisprudência do STJ, e por fim são apresentadas as normas técnicas que regem a avaliação de bens no Brasil. Na mesma seara da reinvenção, temos o artigo do colega argentino, Maximiliano Jesús Marchese Monterisi, sobre as novas tecnologias e a efetividade das notificações judiciais e extrajudiciais. Por fim, ainda nesse âmbito, temos o texto da colega do estado do Pará, Carmen Sisnando, sobre constelação Jurídica a justiça com múltiplos olhares.
Interessante aqui notar que os textos acima mencionados foram produzidos de forma independente, sem que os autores tivessem contato uns com os outros, e sem que fosse estabelecida uma temática da reinvenção para sua produção. Isso demonstra que essa temática é de extrema relevância, e mesmo que a neguemos, silenciosamente, ela vai avançando e conduzindo os rumos da carreira de Oficial de Justiça.
Por fim, temos os textos dos colegas Albernando, Daniel, Hipólito e Patrick, trazendo mais informações relevantes para a carreira. Enfim, estamos dando os primeiros passos, talvez não sejam ainda passos, talvez estejamos começando a engatinhar. O mais importante é que já não estamos parados, assistindo passivos à revolução tecnológica e aos desafios impostos à execução judicial, estamos nos movendo, e na direção correta.